Os brasileiros têm uma expressão "cutucar onça com vara curta" que se aplica perfeitamente a esta situação.

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=Esta imagem fica porque é bonita. Tem a vara e tem a onça.=

O fim da noite foi de relativa alegria para a equipa dos Brancos, sim, porque como estão habituados a vencer, foi uma coisa natural. Mas, apesar do resultado, não se pense que foi uma vitória fácil dos Brancos. Aliás, o resultado acaba por ser um pouco surpreendente tendo em conta a fase inicial do jogo. Grande eficácia dos Pretos, que em cada ataque ou contra-ataque que efectuavam viam-se na iminência de fazer golo. Os dois primeiros para os Pretos surgiram precisamente após duas perdas de bola - passes mal medidos - dos Brancos e rápido contra-ataque dos Pretos. Para reforçar a minha ideia de que as coisas estiveram mal paradas para os Brancos saliento que houve alturas que os Pretos conseguiam trocar a bola com precisos passes ao primeiro toque, com amortis, voleis, toque de calcanhar e etc e tal, sob o olhar - sim, no caso de alguns foi mesmo só com o olhar - dos jogadores dos Brancos. Mas a velha máxima 'quem não marca, arrisca-se a sofrer' mais uma vez demonstrou a sua razão de ser e os Brancos lá conseguiram reduzir [2-1; 3-1; 3-2; 4-2], sendo que o terceiro ou quarto golo dos Pretos foi marcado pelo 'Man of the Mach' - Carabina - antes do meio campo, embora o guarda-redes de ocasião - Capitão - não terá feito tudo o que lhe era possível para evitar o golo. Refira-se que os Pretos, através do mesmo Carabina, talvez tentando aproveitar alguma aselhice dos guarda-redes improvisados, tentaram muitas vezes esses remates surpresa. 

Já tiveram concerteza uma daquelas noites em que tudo o que fazem sai mal, não é verdade? Ontem a primeira parte do Fernando foi horrível, talvez devido ao pacote de bolachas Cream Craker que comeu pelo caminho, quem sabe? A realidade é que falhava a maioria dos passes e era um daqueles que marcava com os olhos. Mas, após a sua passagem pela baliza as coisas começaram a fluir e as jogadas começaram a ter um principio meio e fim. A bola começou a rodar de pé para pé com mais assertividade, toda a equipa subiu de produção e os golos começaram a aparecer. Foi nessa fase que na equipa dos Pretos aconteceu o oposto. Começaram a conceder mais espaço, já não eram tão pressionantes e também já não conseguiam sair tão bem para o ataque. Valeu-lhes nessa altura S. Carabina. Pronto aqui acho que é exagerar e até blasfemar. S. Carabina?? Mas pronto, agora já está, já está. S. Carabina foi salvando situação atrás de situação, ora com grandes defesas ora com um posicionamento mais avançado, funcionando com um verdadeiro libero. Chegou mesmo a exasperar-se com os companheiros que acusava de virem a passo a recuperar. Talvez tenha sido o alto preço da primeira parte de maior fulgor dos Pretos como já tem acontecido na equipa adversária. Dos habituais titulares foi sentida a falta do Samuel, Armando e Rendufas do lado dos Brancos e do Rodrigo do lado dos Pretos. Por outro lado saúda-se o regresso do Marco e do PP.

Nos Pretos nota-se que o Pedro CC esgota muito cedo a sua energia e que o Filipe também chega ao final do jogo de rastos, talvez por desperdiçar a energia em situações que nada têm a ver nem com o jogo em si, nem com a longa tradição dos Pretos X Brancos, que se quer que se mantenha quentinha, mas só isso...quentinha. O Teixeira fez o seu jogo habitual e ainda teve tempo para invalidar um golo ao Capitão por alegada mão na bola (ainda com o resultado favorável aos Pretos). O Marco sempre muito activo em desmarcações constantes e a importunar sempre o seu adversário directo. Simão, também com um jogo à sua imagem, trouxe algo muito positivo para o jogo - champô.

Nos Brancos o Luis teve um bom jogo fazendo muitas combinações com os seus colegas e marcando 2 ou 3 golos importantes assim como o PP que trouxe mais objectividade ao jogo dos Brancos. O Capitão, desta vez não tentou nenhuma cueca e ainda contribuiu também com 2 ou 3 golos - o último ao soar do apito. Exibição esforçada do Tiago que desta vez não conseguiu abanar as redes adversárias.