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O Jorge Mendes, o suposto melhor agente de jogadores, têm aqui uma forte concorrência. É que refazer quase por completo a equipa dos Brancos e ainda reforçar a equipa dos Pretos não é para qualquer agente de vão de escada. Mais uma das muitíssimas qualidades deste sujeito que nunca é demais elogiar.
Quem merece ser elogiado é o Tiago, que apesar de ter sofrido 10 golos evitou no mínimo outros 10.
O jogo começa de vento em popa, que é quando o vento está a soprar por trás da embarcação, para os Pretos. Melhor coordenados, mais objectivos e a aproveitarem as inúmeras ocasiões em que chegam à baliza em superioridade numérica...e para facilitar não encontram lá o Samuel "Cech". Marcaram o primeiro, o segundo, o terceiro, o quarto e o quinto. Os Brancos continuavam a ser campeões da natação, ou seja, nada. Nem um golo para a amostra, isto apesar de já ter tido algumas oportunidades para marcar. Aos poucos os Brancos foram melhorando o seu jogo, alguns elementos que não estão habituados a este nível de Champions League começaram a adaptar-se e a defender melhor e outros deixaram de fazer tantas rotundas e a encarar o jogo de uma maneira mais colectiva. Enquanto isso, por parte dos Pretos, também como consequência da melhoria do jogo dos Brancos ou pelo excesso de confiança dada pela vantagem considerável, as coisas começavam a ficar mais emperradas. Demasiadas perdas de bola, muitas rotundas (sim, há placas giratórias nas duas equipas), tentativas de cuecas...etc. A partir do 6-3, os Brancos começaram a utilizar a táctica do 5x4 e aos poucos foram-se aproximando no marcador. Houve alturas que o controlo era total e em que os Pretos quando conseguiam um corte ou mesmo a posse de bola só tentavam aliviar ou retirar a bola dali. Foi nessa altura que o brilho do Tiago atingiu o seu ponto mais alto...o Tiago e os seus fiéis postes. O empate chegou. 10-10. Por mais estranho que pareça os Pretos reergueram-se de novo e voltaram à carga tendo inclusive utilizado a mesma táctica...foi um período de algum sufoco para os Brancos. Como não havia jogo na hora seguinte este jogo já levava bastante tempo e o desgaste era evidente e havia quem suspirasse pelo apito final. Este chegou e o empate a 10 manteve-se.
Desta vez o silêncio no balneário não foi total. Sinal da satisfação dos Brancos de, apesar não terem vencido, tiram feito uma enorme recuperação. Também por parte dos Pretos algumas acusações de individualismo. Ficou mais ou menos assente que para a semana há que avisar o Luís Nunes que o jogo começa às 22 e que haverá duas novas contratações: o famoso Jorge Costa irá regressar à defesa dos Pretos e o Nuno Urbano será o novo Jardel (o da Karen).