Hoje seria o dia, se eu estivesse com pachorra para isso, para fazer aqui uma crónica do tamanho do "Guerra e Paz" do meu amigo Tolstoi.
Posso começar pelo jogo e pelo seu desfecho hitchcockiano. Depois de estar a vencer por 6-0, sim, leram bem, seis a zero, alguém, por muito fã que seja do Placard, iria apostar noutra coisa que não a vitória dos Brancos? Pois, quase ninguém...bem, talvez aquele individuo que apostou no Leichester para vencer a BPL no inicio da época. O que é certo é que os Pretos conseguiram empatar a partida a seis. Ou seja efectuaram o mesmo percurso dos Brancos; marcaram seis golos sem sofrerem nenhum. É claro que as coisas não são tão lineares como à primeira vista possam parecer.
Para falar dessa recuperação tenho que falar noutro assunto que me deixou boquiaberto...
Então anda um gajo a pensar: "qualquer dia esta "guerra" de palavras entre o Simão e o Rendufas dá buraco"...discussões para aqui, desentendimentos para acolá..."vai dar azo a problemas mais sérios um dia". Pois, o que eu nunca imaginei foi ver o Simão abandonar o treino por desavenças com...os colegas. Surreal! Ao que parece, naquela altura em que os Brancos faziam gato sapato dos Pretos; para isso contribuía o critério no passe dos Brancos e a grande mobilidade apresentada, especialmente do Dany (Daniel) do Peixe e do Constâncio. Isso tudo aliado ao facto dos Pretos não conseguirem fazer a devida marcação aos adversários. Foi por isso que a insatisfação crescia a cada vez que uma triangulação colocava um jogador dos Brancos na cara do golo. Um dos mais insatisfeitos era como não podia deixar de ser o guarda-redes Tiago, que da sua posição privilegiada, via os Brancos fazerem a 472ª paralela a proporcionar perigo sem que os seus colegas façam o devido acompanhamento. Sim porque revirar os olhos ou, vá lá, a cabeça e seguir o adversário com o olhar não conta. O Simão já não testemunhou a 473ª, pois dirigiu-se para o balneário.
Nessa altura quem estava de fora, por se encontrar esgotado pelas 35 rotundas pela esquerda e 29 pela direita, era o Constâncio que tinha trocado com o Bago que estava a descansar pelos Pretos. Isto para dizer o quê? Deste conjunto de factores: 1ª Saída do Simão; 2ª Entrada do Bago para os Brancos; 3ª Constâncio para os Pretos, saiu a fórmula para a espectacular recuperação dos Pretos.
Os Brancos tentaram, com mau resultado, prosseguir com o estilo de jogo praticado até então, mas as coisas, como é natural, já não fluíam como até então. A equipa já não tinha a mesma velocidade de processos e com isso e também por isso a prestação defensiva dos Pretos subiu em flecha. Perdas de bola infantis de quase todos os elementos e algumas reposições infelizes levaram a golos atrás de golos até ao mencionado empate. Era o momento do tudo por tudo e os Brancos perceberam que tinham de alterar a maneira de jogar e de serem mais pragmáticos, para isso também a raça do mais fresco da equipa, o Dany, que acreditava e fez a equipa acreditar. Até final as oportunidades escassearam e os Brancos conseguiram o 7-6 que lhes transmitiu alguma tranquilidade e o oitavo golo sob o apito final confirmou a suada vitória.
Questões laborais continuam a impssibilitar a presença nos Brancos do auto-proclamado "estratega e pilar". Bem, quanto a pilar nada a dizer ou acrescentar...pilar, pino...deve ser da mesma família. Estratega, pois sim.
Quem se viu impossibilitado de comparecer por motivos laborais foi o Nuno que, imagino deve estar com 'ganas' de alterar o rumo dos acontecimentos.
Quanto ao Armando é natural, devido à avançada idade, que uma lesão mais simples leve mais tempo a curar.
Em relação à arbitragem, penso que o árbitro esteve bem e em caso de dúvida deixou jogar embora o Ricardo se tenha queixado de uma entrada ao tornozelo dentro da área perto do final do jogo que o deixou algo dorido - a opinião que vale o que vale, de um adepto nas bancadas é que não lhe pareceu nada...toque na bola e depois sim, o contacto.
Não percam o próximo jogo, porque nós...também não!!!!
![#41.jpg #41.jpg]()