JOGO 24 - 2022/2023 [pregar (aspirar) no deserto]
Vinte e cinco anos, um quarto de século. É o tempo em que jogo NESTE pavilhão à quarta-feira. São muitos anos, muitos jogos, demasiados, poderão pensar com toda a legitimidade e, a sensação que tenho é que se podem contar pelos dedos de apenas uma mão, aqueles jogadores que se elevam acima dos outros, aqueles que realmente fazem a diferença, aqueles que decidem jogos. Quer seja de forma directa, por aquilo que jogam e resolvem, quer seja de forma indirecta, por aquilo que dão à equipa, quando a equipa necessita...ou da forma como a orientam ou guiam. Cinco dedos da mão - no máximo! E acreditem, nem um estava presente no jogo de ontem. Nem um! Só porque fomos 'especiais' quando andámos na escola primária ou na secundária não significa nada hoje. Já passou! O futsal é um jogo de equipa, é um jogo colectivo...já aqui o referi dezenas de vezes. Quando se opta por jogar cada um por si, o resultado é o que todos sabem. Uma grande merda. Dos 3 golos marcados pelos Brancos, quantos deles foram marcados por remates de longe e com adversários pela frente? Zero. Nenhum. Dois foram passes curtos/tabelas e outro foi num penalty inexistente. Quantas foram as jogadas de 2 para 1, ou 3 para 2, em que se optou por rematar contra o adversário que estava mesmo na frente, ou fazer mais uma fintazinha...e que algumas delas deram contra-ataque e respectivo golo? Algumas. A equipa dos Brancos hoje parecia os saudosos jogos dos Solteiros-Casados na festa anual.
Menção honrosa para o Keeper dos Brancos, que de tanto chamar a atenção/gritar, tem com certeza que esgotar o stock da farmácia de pastilhas para a garganta.
Evidentemente que os Pretos nada tem a ver com isso e fizeram o seu jogo normal, vencendo de forma justa e convincente. Até deu para aqueles elementos que costumam estar um pouco alheados do jogo, fazerem, também eles uma boa exibição. Terá sido demasiado fácil para os Pretos, mas também porque, como é óbvio, jogaram em equipa - e tudo fica mais fácil quando assim é.
A esperança, como é costume dizer-se, é a última a morrer e, eu tenho esperança que já na próxima semana tudo seja diferente. O resultado até pode ser semelhante, mas a atitude terá que ser outra.